segunda-feira, 19 de abril de 2010

Cheias no Brasil



O número de mortos devido a cheias provocadas pelas chuvas em Santa Catarina, Sul do Brasil, aumentou para 64 e os desalojados já ultrapassam os 44 mil, segundo o último balanço divulgado segunda-feira à noite pela Defesa Civil.
Trata-se das piores cheias na região dos últimos 25 anos e as autoridades estimam que as constantes chuvas que assolam Santa Catarina há mais de dois meses já afectaram cerca de 1,5 milhões de pessoas.

«Esta foi a pior tragédia climática que já tivemos no Estado», disse o governador de Santa Catarinha, Luiz Henrique Silveira, referindo desconhecer «quantas pessoas podem ter desaparecido».

«Se alguém duvida que o mundo está passando por mudanças climáticas em face do aquecimento global que venha a Santa Catarina e veja as cidades tomadas pelas águas», acrescentou Luiz Henrique Silveira.»
Cinco cidades do Estado encontram-se isoladas e 160 mil pessoas estão sem luz. O corte no fornecimento de energia eléctrica deve-se a danos causados na rede ou a questões de segurança.
Cinco municípios estão sem água e o Governo decretou estado de emergência no Estado.
O secretário nacional de Defesa Civil, Robert Guimarães, indicou que «as águas começaram a baixar, mas perto de 80 por cento da região» está inundada.
As cidades mais atingidas são Ilhota, onde das águas do rio Itajai-Açu subiram até 11,5 metros acima do nível normal, e a vizinha Blumenau.

Desertificação





O termo desertificação tem sido muito utilizado para a perda da capacidade produtiva dos ecossistemas causada pela atividade humana. Devido às condições ambientais, as atividades econômicas desenvolvidas em uma região podem ultrapassar a capacidade de suporte e de sustentabilidade. O processo é pouco perceptível a curto prazo pelas populações locais. Há também erosão genética da fauna e flora, extinção de espécies e proliferação eventual de espécies exóticas.

Origina-se, no caso de desertos arenosos, a partir do empobrecimento do solo e consequente morte da vegetação, sendo substituída por terreno arenoso. No caso dos desertos polares, a causa evidente é a temperatura extremamente baixa daquelas regiões.

A acção humana intensifica os processos de desertificação. As actividades agropecuárias insustentáveis são responsáveis pelos principais processos: a salinização de solos por irrigação, o sobre-pastoreio e o esgotamento do solo pela utilização intensiva e insustentável dos recursos hídricos por procedimentos intensivos e não adaptados às condições ambientais, além do manejo inadequado na agropecuária.

As consequências deste processo geram grandes problemas económicos. Em primeiro lugar, reduz a oferta de alimentos. Além disto, há o custo de recuperação da área degradada. Finalmente, os problemas sociais: a migração das populações para os centros urbanos, a pobreza, o desemprego e a violência. Isto gera um desequilíbrio entre as diversas regiões mundiais, uma vez que as áreas suscetíveis à desertificação encontram-se em regiões pobres, onde já há uma desigualdade social a ser vencida.

Nuvem de cinzas na Islandia